Chuva e Transformação

O que faz uma pessoa transforma-se perante uma grande tragédia?

Tenho percebido  que em circunstâncias de extrema tristeza e destruição o ser humano

torna-se um só, mais solidário com seu próximo. Vejo que não existe divisão entre as diferenças étnicas, religiosas, políticas ou classe social... etc.  estas desaparecem perante o caos.

 A grande catástrofe que abateu no estado do Rio de janeiro, prova mais uma vez como os sentimentos do ser humano são grandiosos e puros. A vontade de ajudar, participar é muito grande, pessoas não medem esforços para isto, tornar a realidade mais amena e menos cruel.

Meu pai foi um bombeiro na vida real, algumas vezes falava em seus salvamentos, de onde tenho uma  lembrança de seus feitos. Concluo que alguns de nos querem ser  bombeiros cidadãos.  Dizer que o povo carioca só pensa em praia. Acho este pensamento é um rótulo inoportuno e sem fundamento, porque os cariocas possuem os mesmos sentimentos que nós.  Queremos ter alegria e felicidade, viver num mundo mais justo, solidário e humano. 

 Aprendemos na alegria, porém na dor é que aprendemos mais.

 Podemos tirar lições importantes para mudança de nosso comportamento mesquinho e individualista. Acredito que a mudança vem do eu passando para o nós. Eu e nós podemos mudar basta querer. 

Escutei relatos

 emocionados de pessoas comuns que  trabalharam nos resgates. Posso sentir o sentimento de alegria, satisfação de conseguir resgatar uma pessoa com vida que estava soterrada, isto é maior que o nascimento de um filho disse um voluntário, acredito nisso. Agora como fica, famílias destruídas cidades destruídas e arrasadas em sua economia?   Ficou para mim de toda esta tristeza que: Somos todos brasileiros apesar de morarmos num país continente, falamos a mesma língua mãe com algumas diferenças de expressões regionais e o melhor e é acabarmos com todas essas vaidades e preconceitos, pois somos um só Brasil que pode ser tornar uma grande nação...

 Quasar Gaúcho